31 de agosto de 2013

Ovos Poché

  Uma receita, duas técnicas, e várias formas de saborear, esse é o ovo poché, na verdade qualquer prato que tenha um ovo como protagonista! Na minha geladeira esse é um ingrediente que nunca pode faltar, para se fazer um prato rápido, ou um demorado mas mais elaborado, para a maior parte de receitas usamos os ovos. Os ovos são importantes e conhecidos desde que o mundo é mundo, e começou a ser usado em receitas pelos antigos egípcios e romanos como ingrediente que desse a liga de um bolo ou de um pão, por exemplo.
 Hoje falamos do estilo de ovo poché, ou do inglês poached eggs, ou do italiano uovo in camicia (acho uma graça esse nome, mas eles também chamam de uovo affogato), em qualquer língua ele é muito saudável e gostoso com um cozimento feito em água quente (não fervente)!
  É muito difícil de saber quando nasceu o ovo poché,  mas se sabe que era muito indicado e apreciado por médicos por ter fácil digestão, assim como o ovo cozido com casca. Essa forma de cozimento contribui na maciez da claras e também das gemas conforme o tempo de cozimento. Para se ter o ovo com a clara bem formada, se tem a ajuda do vinagre, pois seu componente acético faz com que se tenha uma coagulação das proteínas da clara, solidificando a mesma.
Bom, vamos ao preparo!

Ovos Poché

Ingredientes:
  • Ovos frescos
  • Vinagre branco
  • Água quente
Utensílios:
  • Panela 
  • Escumadeira
  • Plástico filme

Primeira Técnica: Ovos poché com pão integral e queijo. 

Primeira técnica:

1.     Pegue uma xícara ou uma pequena tigela e coloque um plástico filme nela
2.     Coloque um pouco de vinagre branco dentro do plástico filme
3.     Quebre o ovo dentro do plástico
4.     Gentilmente una as pontas do plástico e pressione até a parte do ovo o plástico para não entrar água no ovo
5.     Quando a água estiver quente, desligue o fogo e coloque o ovo, deixando ele mergulhado até a clara se solidificar, de 1 a 2 minutos. Existem aqueles que gostam de movimentar em círculos o plástico na água para que fique com uma estética melhor a clara, isso fica a critério de quem faz
6.     Após rasgue o plástico filme e deixe o ovo cozinhar por mais 1 minuto, se você quiser a gema mole, ou 3 minutos para uma gema mais consistente.
7.     Por fim, retire o ovo com ajuda de uma escumadeira da panela, e deixe escorrer a água antes de colocar no prato.

Segunda Técnica: Ovos poché, com pão integral, queijo parmesão e manjericão.

Segunda técnica:

1.     Quando a água estiver quente, coloque umas poucas gotas de vinagre e misture
2.     Desligue o fogo
3.     Crie um pequeno vórtice, movimentando em círculos a água com uma colher (também tem as pessoas que não fazem isso, eu não fiz e vocês podem ver o resultado na foto acima)
4.     Deixe um minuto na água e depois disso, se quiser ou precisar, com a ajuda de uma colher una as partes da clara que estão um pouco soltas
5.     Por fim, deixe por mais 2 minutos ou 4, e retire com uma escumadeira o ovo da panela, e deixe escorrer a água.

  O ovo poché considerado perfeito é o que tem a gema cremosa a líquida. Quando de abre o ovo e escorre a gema. Mas eu prefiro a gema mas durinha, então 3 minutos para uma gema mais cremosa, e 5 para uma mais consistente!

  Você pode saborear esse ovo tão nutritivo sozinho, ou com pães, saladas, queijos... enfim com o que você quiser!

Bom apetite!


25 de agosto de 2013

Ravióli de Ricota e Espinafre

  Hoje decidi fazer de almoço um ravióli de espinafre e ricota com a massa feita em casa! Nenhum problema em princípio, a não ser pelo fato de que eu não tenho a máquina de abrir massas em casa, e eis o momento que surge o desafio, abrir a massa com 0,5 mm de espessura apenas usando um rolo de massa!!! Na época da minha vó, isso era fácil, mas nos dias de hoje que ganhamos tantas facilidades e não precisamos fazer esforços na cozinha, isso é um verdadeiro desafio (que vergonha)! 
  O ravióli é um tipo de massa em formato de pequenos pastéis quadrados ou redondos, grandes ou pequenos, com recheios diversos dentro de si. Ravióli é a versão em português de ravioli ou no singular raviolo do italiano. Esse prato é muito antigo na culinária, tem traços desse prato na antiguidade das cozinhas egípcias e gregas, mas a sua criação efetiva vem da Itália. 
   No fim de 1200, possuem textos na literatura que indicam que o prato iniciou na Itália, na região da Liguria.  Na cidade de Marchesato di Gavi, havia um restaurante da família Raviolo, que começou a fazer esse prato, e dessa forma surge o prato e o nome. Existem outras histórias, mas a mais conhecida é essa mesma. E o prato foi difundido para outras regiões, pois nessa região existia a única estrada que comunicava Gênova com outras regiões, então possuíam muitos viajantes que provavam o prato. Já o recheio de espinafre e ricota tem origem na Emilia Romagna, região que tem por uma de suas especialidades as massas!

Ravióli de Ricota e Espinafre feito em casa


Receita de Ravióli de Ricota e Espinafre
Rendimento 4 pratos

Ingredientes:
Para a massa:
  • 250 g de farinha
  • 2 ovos 
  • 1 pitada de sal
Para o recheio:
  • 250 g de espinafre fresco
  • 150 g de ricota
  • 1 colher de café de noz moscada
  • pitada de sal
  • queijo ralado a gosto
Para o molho:
  • 100 g de manteiga
  • e folhas de sálvia ou manjericão
Utensílios:
  • Panela
  • Rolo de macarrão ou máquina para abrir massas
  • Vasilha
  • Cortadores 
  • Plástico filme
  • Mesa ou espaço plano para trabalhar a massa
Preparação:
Para a massa: Em uma mesa coloque a farinha, faça um buraco no meio e coloque os ovos. Com um garfo vá misturando a farinha aos ovos. Após, use as mãos para trabalhar a massa até que fique homogênea e lisa. Faça uma bola com ela, envolva a massa em um plástico filme, e reserve por uns 30 minutos.

Para o recheio:
Limpe o espinafre e cozinhe um pouco ele no vapor em uma panela. Depois de cozido, pegue as folhas do espinafre e corte de forma que fiquem bem pequenas. Misture em uma vasilha a ricota, o espinafre, a noz moscada, o sal, e queijo parmesão a gosto.

Após 30 minutos, pegue a massa e comece a abrir com ajuda de um rolo de macarrão, sobre uma mesa previamente polvilhada com farinha. Estenda a massa até ter 0,5mm de espessura (eu admito que não consegui)! Se você tem a máquina de abrir massa em casa, utilize ela passando a massa no início com a abertura de espessura maior, e diminua a abertura aos poucos. Como essas máquinas para utilização caseira são pequenas, corte a massa em 2 a 4 partes para abrir na máquininha!

Para fazer o ravióli, corte a massa em duas partes (se abriu ela com o rolo de macarrão ela já vai estar cortada), estenda uma delas na mesa e faça pequenos "morrinhos" com o recheio. Passe o dedo com água em volta dos recheios, para "colar" as massa, e depois coloque a outra massa por cima, e pressione em volta do recheio para retirar o ar, e colar melhor as duas partes do ravióli.

Feito isso, coloque a água para ferver em uma panela com um punhado de sal grosso, esse é o estilo italiano de cozinhar massas! E coloque os raviólis por em média 5 minutos para cozinhar na água quentíssima!!!

Para o molho, coloque em uma panela a manteiga e a folha de sálvia ou manjericão! Depois de derretida retire a manteiga do forno, retire a folha de tempero colocada e despeje a mistura na massa. Esse molho pode ser usado em qualquer outra massa, mas fica muito bom também com gnocchi ou melhor nhoque!

24 de agosto de 2013

Muffin de Mirtilo ou Blueberry Muffin

  Hoje é um ótimo dia para fazer um muffin de mirtilo para tomar no café da tarde, com essa chuva e o friozinho, a nossa fome pede uma comidinha saborosa! No post do muffin de banana já contei um pouco da história do muffin em si, mas agora falo um pouco só do de mirtilo. 



  Esse é o muffin oficial do estado de Minnesota desde 1988, se você pesquisar sobre esse estado, vai encontrar o Bluebery muffin como símbolo! Isso tem um motivo, essa fruta é nativa do nordeste de Minnesota e se desenvolve largamente em áreas florestais, pântanos e encostas. 
  Esse muffin não é comum no Brasil, uma caixinha pequena de mirtilo é muito cara. Então se você quiser comer, ou tem que preparar em casa, e eu ajudo com a receita abaixo, ou ter muita sorte de achar em uma padaria local, ou tem que viajar para fora do Brasil. O mirtilo tem grande produção nos E.U.A. e na Europa, pois tem origem nessas regiões, então corra para esses lugares.
  Para motivar um pouco mais vocês a irem para a cozinha fazer essa receita o mirtilo é uma fruta muita rica em nutrientes, e que traz muitos benefícios à saúde. A fruta é rica em vitaminas A, C, E e minerais como zinco, ferro, potássio e cobre, também tem ação antioxidante, combate o envelhecimento precoce, tem ação anticâncer e anti-inflamatória!

Receita do Muffin de mirtilo
Rendimento 6 porções grandes

Ingredientes:
  • 135 g de farinha
  • 1 ovo
  • 155 g de açúcar
  • 40 g de manteiga derretida
  • 30 ml de leite
  • 1 pitada de bicarbonato de sódio
  • 1 colher de café de fermento
  • 1 pitada de sal
  • 70 g de mirtilo 
Utensílios:
  • Vasilhas
  • Forma de alumínio para muffin
  • Formas de papel 
  • Batedor de arame
Preparação:
  Em uma vasilha coloque os ingredientes secos, a farinha, o bicarbonato, o sal e o fermento. Em outra vasilha misture os ovos e o açúcar, criando uma gemada. Após acrescente na gemada a manteiga derretida e o leite, se você achar a massa muito seca, pode colocar um pouco mais de leite.
  Misture os ingredientes líquidos aos secos, e por fim coloque os mirtilos! Não mexa excessivamente a massa. Despeje a massa em 2/3 nas formas de papel, previamente colocadas na forma de alumínio. Por fim, coloque em forno pré-aquecido a 220°C por 25 a 30 minutos para muffins grandes, para os pequenos são uns 15 minutos.



23 de agosto de 2013

Chimarrão

 Essa é uma bebida típica do sul do Brasil (mais especificamente do Rio Grande do sul), alguns países da América do sul, e como gaúcha eu amo tomar um bom chimarrão!!! Como diz na letra da música  É disso que o velho gosta,  "Churrasco e bom chimarrão, fandango, trago e mulher. É disso que o velho gosta é isso que o velho quer!" e na musica se tem a expressão de que um bom gaúcho não dispensa um chimarrão e um churrasco também, é claro (não comentarei do resto, pois depende do gosto de cada um)!

Chimarrão Clássico
 Essa bebida tem origem guarani e foi trazida para o Brasil por meio dos espanhóis, que na época da dominação de territórios conheceram em Guaíra, índios guaranis mais fortes e dóceis que os outros. Esses índios colocaram em um porongo folhas moídas e água quente para ter a infusão, e para tomar usaram um canudo de taquara com uma ponta trançada de fibras e a outra aberta. Eles chamavam a bebida de caá-i (água de erva saborosa)!!! 
  Mas a palavra chimarrão vem de  cimarrón,  que significa bruto e rude, que designam os animais domesticados que se tornaram selvagens. E dessa forma surgiu o nome da bebida forte e amarga saboreada pelos nativos.
  O chimarrão é uma infusão de água quente e erva mate (Ilex Paraguariensis), tomado em uma cuia de madeira, e se utiliza uma bomba de metal como "canudo" para tomar a infusão, ou melhor o chimarrão! Existe também o Tereré, mais saboreado pelos países da América do Sul como Argentina e Uruguai, e consiste em um porongo com bomba, que se coloca erva mate e água fria, e se acrescenta suco de frutas ou açúcar, dependendo do país.

As várias faces de um chimarrão (foto de sites diversos)

  O chimarrão para mim é símbolo de tradição, de amizade e confraternização! Uma roda de chimarrão com a bebida passando de mão em mão é muito comum no sul, inclusive há quem diga que tomar chimarrão sozinho nem tem graça! Não existe hora certa para apreciar um chimarrão, no trabalho, no parque, na rua passeando com o cachorro, em casa vendo televisão, na praia, no inverno, no verão, chimarrão pode até ser substituído por água por muitas pessoas, mas com muitos benefícios a saúde. Essa infusão é rica em vitaminas, minerais, proteínas e lipídeos. Então não tenha medo do chimarrão, faz mal tomar ele com água "pelando", ou seja muito quente! 
  Achei nas minhas pesquisas os 10 mandamentos do chimarrão, e achei ótimo eles (porque concordo com todos), e segue abaixo essa curiosidade sobre a tradição gaúcha da bebida:



  1.  Não peças açúcar no mate.
  2. Não digas que o chimarrão é anti-higiênico.
  3. Não digas que o mate está quente demais.
  4.  Não deixes um mate pela metade.
  5.  Não te envergonhes do ronco do mate.
  6. Não mexas na bomba.
  7. Não alteres a ordem em que o mate é sorvido.
  8.  Não durmas com a cuia na mão.
  9. Não condenes o dono da casa por tomar o primeiro mate.
  10.  Não digas que o chimarrão dá câncer na garganta.

  Como fazer um chimarrão (difícil explicar, mas vou tentar) :
  1. Coloque a erva na cuia até o pescoço (a parte estreita da cuia antes da abertura maior);
  2. Vire de lado na horizontal, com um ângulo de mais ou menos 45 graus, colocando a mão na erva para ela não cair;
  3. Coloque a  água vagarosamente (eu gosto de colocar água morna) até a superfície da cuia, e continue segurando a cuia na horizontal;
  4. Deixe a água ser absorvida pela erva e coloque a cuia na vertical;
  5. Encha de água a cuia, e coloque a bomba, tapando o bico da bomba!
E a bebida está pronta! Encha uma garrafa térmica com água quente, e tome o chimarrão em uma roda de amigos que é muito mais divertido!


Links e livros interessantes sobre o assunto:
http://www.mtg.org.br/chimarrao.html
Livro "História do Chimarrão" de Barbosa Lessa.

18 de agosto de 2013

Arroz de Leite

  Arroz de leite ou também conhecido como arroz doce é um doce de infância, ele sempre me remete aos tempos de criança que a minha mãe fazia pra mim! Esse doce teve origem na Ásia, mais especificamente na China, que foi o primeiro povo a cultivar o arroz. E depois a receita se espalhou pelo mundo, com variações para cada país que atingiu. No Brasil é essa versão que conhecemos, arroz e leite mesmo! O arroz de leite chegou ao Brasil do jeito que conhecemos por meio dos portugueses no século XIX, e utilizado em momentos de festa.
  Também conhecido como rice pudding, riso latte, entre outros, uma versão persa que eu comi, cozinhado por uma grande amiga minha iraniana, é chamada de shola-e-zard e nela tem ingredientes como o açafrão, cardamomo e aguá de flor de laranjeira (rosewater)! Não é extremamente doce, mas tem um gosto muito interessante, essa receita fica para um próximo post. Hoje segue receita da minha mãe, que era da minha vó, ou seja, receita de família, mas que não foge muito das receitas que encontramos dessa sobremesa.


Receita do Arroz de Leite
Rendimento 4 porções

Ingredientes:

  • 1 xícara de arroz
  • 3 xícaras de água
  • 2 ovos
  • 1 xícara de açúcar
  • 4 xícaras de leite
  • Canela a gosto
Utensílios:
  • Panela
  • Colher de pau
  • Tigela pequena
Preparação:

  Colocar o arroz e as xícaras de arroz em uma panela a fogo médio. Deixe a água ser absorvida pelo arroz, mexendo para que o arroz não grude na panela, não precisa mexer constantemente, mas fique cuidando a panela e de vez em quando mexa. Depois coloque o leite, e nesse ponto mexa sempre até ficar cremoso. 
  Em uma tigela faça uma gemada bem branquinha com os ovos e o açúcar, quando o arroz chegar no ponto "cremoso", retire a panela do fogo e despeje a gemada e mexa até que incorpore bem! 
 Por fim, coloque o arroz de leite em tigelinhas ou potinhos, polvilhe com canela a gosto, e saboreie!!!


17 de agosto de 2013

Scones

  A receita de hoje é de scones! Depois de ter comido um muito bom de gorgonzola e nozes, tive vontade de fazer em casa e pesquisar mais sobre a história  desse curioso e gostoso pão ou bolo degustado na hora do café. Scones tem origem escocesa/inglesa/irlandesa, não se sabe muito bem quem tem o mérito da origem, mas a primeira referência dada em livros vem da Escócia em 1513 em textos de um poeta local, além de serem relacionados com uma antiga tradição galesa de cozinhar pequenos bolos redondos usando levedura.
  A origem do nome também é incerta, nas minhas pesquisas encontrei 3 histórias: a primeira vem de Stone of Destiny, local onde os reis escoceses eram coroados, Stone teria virado Scone. A segunda história mostra que a palavra vem de "sgonn", palavra gaélica que significa grande massa; e por último temos a palavra alemã "schoonbrot", que significa pão fino e bonito.
  Na versão original da receita se usa aveia e levedura, e a massa era aberta em um grande círculo e se cortava em triângulos, como as fatias de pizza. Nos dias de hoje, existem várias versões para receita, com ou sem recheio, em formatos de triângulos ou círculos, e a levedura foi trocada pelo fermento e a aveia por farinha branca.
  Dicas na hora do preparo da receita:
  1. Se quiser inserir algum ingrediente a massa, como uva passa, queijos, castanhas, nozes, entre outros, coloque junto com os ingredientes secos, pois se acrescentarmos a massa pronta, teremos que amassar mais e isso estimula a produção de glúten e a massa ficará mais elástica;
  2. Para se dar um brilho aos scones, pode-se usar uma gema de ovo, ou um pouco do próprio creme de leite usado na receita;
  3. Para ajudar no corte dos scones, mergulhe o aro de metal redondo na farinha, e repita ação cada vez que você sentir que os scones não estão desgrudando bem do aro.
  Abaixo segue a receita que usei hoje. Usando a massa base fiz duas versões, em uma usei erva doce e em outra queijo (no caso o Gruyère porque ando um pouco apaixonada por ele). 



 
Receita de Scones 
Variações usadas ou com erva doce ou com queijo
Rendimento de 10 Scones pequenos

Ingredientes:
  • 280g de farinha de trigo
  • 60 g de manteiga fria
  • 4 colheres de sopa de açúcar
  • 1 ovo
  • 160g de creme de leite com  soro
  • 1 colher de sopa de fermento em pó
  • uma pitada de sal
Utensílios:
  • Tigelas
  • Balança de cozinha
  • Carta forno
  • Forma de alumínio
  • Pincel de cozinha
  • Aro de metal redondo
Preparação:
  Pré aqueça o forno a 200°C e forre a forma de alumínio com a carta forno.
  Em uma tigela misturar a farinha, o fermento e o sal. Após acrescente a manteiga em cubos pequenos, e misture um pouco para ter uma massa granulada. Nesse momento junte o ingrediente de sabor a massa, nesse caso fiz duas massas uma com erva doce, e outra com queijo (nessa última variação excluí o açúcar da receita).
  Em outra tigela misture os ovos e o açúcar até formar uma leve gemada, e após junte o creme de leite. Coloque essa mistura na mistura dos ingredientes secos, mexa até que todos os ingredientes sejam incorporados, coloque a mão na massa nessa etapa! 
  Por fim, polvilhe com farinha o local onde você vai abrir a massa, e comece abrindo até ter uma altura de mais ou menos 5 cm. Faça os scones colocando o aro de metal redondo na massa, e coloque eles sobre a carta forno. Antes do forno, pincele os scones com um pouco do creme de leite que sobrou para dar um pequeno brilho ao prato. Na hora do forno, se os scones forem pequenos, deixe no forno por 15 minutos, mas se forem maiores vão exigir mais tempo. A regra de ouro para saber se está pronto é quando eles ficarem dourados!


Se você quiser os scones puros, sem ingredientes de sabor, na hora de saborear, se pode abrir o scone e colocar manteiga ou geléia. 

Enjoy!!!! 








14 de agosto de 2013

Flan Parisien

  Tenho me inspirando muito na cozinha francesa nos últimos tempos, então hoje tem  mais um doce francês, o Flan Parisien. Pesquisei sobre o doce, história e origem, e nāo consegui achar referências sobre isso. O que  se sabe é que é francês, conforme a região tem variações de receita, e muito encontrado em confeitarias.
  O flan é semelhante ao pastel de nata português e ao custard tart inglês. Esse doce consiste em uma base de massa folhada ou brisée (que ganhará um post só para elas futuramente, porque  são usadas em muitas outras receitas), e uma massa de flan com gostinho de limão e baunilha!
  


Receita Flan Parisien
Rendimento de 10 a 12 fatias

Ingredientes:
Para o flan:
  • 50 g de farinha
  • 50 g de maizena
  • 250 g de açúcar 
  • 5 gemas de ovo
  • 1litro de leite integral
  • 250 ml de creme de leite fresco
  • Limão
  • Essência de baunilha ou fava
Para a massa:
  • 300 g de farinha
  • 150 g de manteiga
  • 2 ovos
  • 100 g de açúcar
  • Pitada de sal
  • Maizena
Utensílios:
  • Panela
  • Tigelas
  • Plástico filme
  • Balança de cozinha
  • Batedor de arame

Preparação:

Massa:
  Misturar a farinha com a manteiga em temperatura ambiente, após acrescentar os ovos, o açúcar e o sal. Caso você queira dar um gostinho a especial a massa, pode ralar um pouco da casca do limão ou pingar umas gotinhas de essência de baunilha a massa.
  Incorpore bem os ingredientes e depois faça uma bola com a massa e coloque em uma tigela cobrindo com plástico filme, e leve a geladeira por no mínimo 30 minutos.
  Retirar a massa da geladeira, e abrir a massa com ajuda da maizena. E coloque na forma que você vai usar para a receita, e faça uns furinhos no fundo com um garfo.

Recheio:
  Em uma panela a fogo baixo coloque as gemas de ovo e açúcar, misture até o usar derreter e incorporar bem as gemas. Peneirar a farinha e a maizena, e adicionar as gemas e açúcar. Mexa até ficar uma massa consistente, não precisa ser lisa. Após colocar o leite, a fava de baunilha, o creme de leite fresco, e a raspas da casca do limão, e mexer até ficar uma massa cremosa, isso demora de 10 a 15 minutos.
  Com o creme finalizado, despejar ele dentro da forma com a massa brisée. E levar a forno pré aquecido 180*C por 60 minutos. 

Por fim, é só deixar esfriar o flan e servir!!!

10 de agosto de 2013

Blueberry Pancakes ou Panquecas de Mirtilo

  O prato de hoje são panquecas americanas e pra dar um gosto especial acrescentei os mirtilos! Estou usando a receita americana porque eles adoram comer panquecas no café da manhã, mas existem várias outras receitas que variam conforme o país de origem.
  A panqueca tem origem na Grécia, é um prato antigo, normalmente usado no café da manhã, com a idéia principal de misturar a farinha com líquidos gerando uma massa para ser cozinhada em uma chapa. E a panqueca é isso mesmo, normalmente feita de farinha, fermento químico que faz com que a massa fique mais leve e porosa, manteiga derretida (ou gordura), leite como a parte líquida e em algumas receitas se encontram ovos.

Panquecas de mirtilo

  Dicas na hora de cozinhar!!!

  1. Misturar os ingredientes até ter uma massa homogenia, mas não misture muito. Caso contrário desenvolverá o glúten na massa, e ela ficará mais elástica, "borrachuda". Além de ocasionar a quebra das bolhas de ar da mistura, que faz com que a panqueca não fique tão leve.
  2. A mistura deve ser cremosa, não muito dura e não muito líquida. Misturas líquidas se espalham demais na chapa ou frigideira e misturas muito duras devem ser cozinhadas por um tempo maior para não ficarem cruas dentro, ou se muito cozidas perdem a maciez que a receita deve ter. Teste sempre a textura da massa na hora da preparação.
  3. Calor da chapa ou frigideira para cozimento também é outro ponto importante! Não pode ser muito quente, se não vai queimar e não cozinhar. O teste do calor é feito pingando uma gota de água na chapa, que deve escorrer e evaporar. Além disso, se percebe também um leve vapor levantando da chapa quando está na temperatura correta (mas isso sem ter nada na chapa!).
Bom, vamos a receita agora. Essa tirei do livro Todas as Técnicas Culinárias da Le Cordon Bleu, e acrescentei o mirtilo e um pouco de açúcar!


Receita da Panqueca de Mirtilo
Rendimento varia do tamanho das panquecas.

Ingredientes:
  • 225 g de farinha de trigo
  • 300 ml de leite
  • 1-2 colheres de sopa de manteiga derretida
  • 1-2 colheres de chá de fermento
  • 50 g de mirtilo ou a gosto
  • 1 colher de chá de açúcar
Utensílios:
  • Tigela 
  • Chapa ou frigideira
Preparação:

  Misture todos os ingredientes, não tem ordem, mas eu prefiro colocar os secos, e acrescentar os líquidos aos poucos para não empelotar, e isso facilita na percepção da consistência. Os mirtilos são os últimos ingredientes a serem inseridos.
  Passe um pouco de manteiga na frigideira para a massa não grudar, e ligue o forno em fogo baixo, mas não esqueça de fazer o teste do calor.
  Coloque com a ajuda de uma colher um pouco de massa na frigideira, tentando manter um tamanho médio de 10 cm de diâmetro que é o tamanho das panquecas tradicionais americanas. Vire a massa quando se perceber que está cozida de um lado, e quando estiver no outro está pronta! 
  Se quiser pode colocar açúcar de confeiteiro com ajuda de uma peneira no topo das panquecas ou geléias e caldas do que você quiser, o mais comum é de frutas.

Enjoy your breakfast!! Aproveite seu café da manhã!




6 de agosto de 2013

Crème Brûlée

  Essa é mais uma receita do mini curso de culinária das sobremesas francesas que fiz em Paris. O Crème Brûlée!!! Em português, "creme queimado", por ter no seu topo uma crosta queimada de açúcar. Pensamos que esse doce tem origem francesa, mas na verdade a origem é incerta, pois na Inglaterra se tem o "Burnt Cream" e a Espanha tem a "Crema Catalana", e todos acreditam que são os criadores da receita. Por meio de registros em livros de culinária, descobriu-se que no livro Nouveau cuisinier royal et bourgeois de François Massialot,de 1961, se possui o primeiro registro desse doce, então, seriam os franceses os criadores?
  Na verdade, François Massialot se inspirou nas duas receitas para criar o Crème Brûlée. :o Ele viveu na juventude em Londres, e nessa época existia um creme inglês mais consistente que o conhecido hoje, e utilizado em sobremesas. Mais tarde François em uma viagem a região dos Pirineus, encontrou também uma forma primitiva da Crema Catalana. 
  No século XVII, a comida era servida em três partes, só que no momento que se servia o último prato, o mesmo já estava frio. E nessa situação, Philippe d'Orléans em um dos seus jantares reclamou do doce frio, e então François teve a idéia de usar o ferro quente na superfície do doce para aquece-lo! E assim nasce o  Crème Brûlée conhecido de hoje!!!



Crème Brûlée


Receita do Crème Brûlée:
Rendimento 6 porções

Ingredientes:
  • 130 gramas de açúcar (e um pouco a mais para a corbetura)
  • 125 ml de leite
  • 500 ml de creme de leite fresco
  • 8 gemas de ovo
  • Essência de baunilha ou uma fava


Utensílios:

  • Balança digital de cozinha
  • Panelas
  • Maçarico de cozinha 
  • Ramequins
  • Vasilha

Preparação:

Pré aquecer o forno a 180°C.

Em fogo baixo misturar o creme de leite fresco, o leite, e se usar a fava da baunilha, colocar junto nessa fase. Faça essa mistura esquentar, sempre mexendo, mas não deixe ferver. Em uma vasilha misturar as gemas de ovo e o açúcar. Fora do fogo, acrescentar a mistura de ovos e açúcar na outra mistura de creme de leite e leite (se usou a fava da baunilha, tire ela antes desse procedimento), nesse momento não pare de mexer, pois a mistura quente pode cozinhar os ovos!
Se você usar a essência de baunilha, acrescente esse ingrediente só no final da receita!
Por fim, colocar o creme em ramequins, e levar ao forno por uns 40 minutos. Tem dica para o forno: disponha os ramequins em uma forma de metal, e encher essa forma de metal com água quente!!! Isso vai garantir o cozimento do creme!

Depois de pronto, vem a parte divertida! Deixe esfriar um pouco, e polvilhe com açúcar a superfície do creme, não exagere senão fica uma casquinha muito difícil de quebrar e mastigar. E passe o maçarico suavemente em círculos, chama baixa, e não diretamente na sobremesa!!!




Tem outra forma de queimar o açúcar! A forma "cowboy"!!!! No lugar do maçarico, se usa uma chapa redonda, com uma haste para segurar. Se esquenta essa chapa no fogão, e se aplica no topo da sobremesa durante alguns segundos! Fica uma crosta mais escura, mas o sabor continua o mesmo!






3 de agosto de 2013

Croque Monsieur

  Inspirada na França, hoje falaremos sobre mais um prato clássico francês, o Croque Monsieur! Primeiro vamos a tradução para o português, "Croque" significa na culinária "fatia de pão banhado em ovo batido", e "Monsieur" significa senhor.
  Uma das lendas que gira em torno desse nome é que o Croque, quando pedido nas cafeterias parisienses era entregue aos cliente pelos garçons que falavam o nome do pedido "croque", e se reportavam aos clientes (nesse caso clientes homens, é claro), como "monsieur", falando "Le croque, monsieur". Dessa forma, o nome começou a ser entendido pelos clientes como croque monsieur, mas a origem correta do nome e da receita é incerta.
  A única coisa certa desse prato é que ele surgiu nos cardápios dos cafés parisienses em 1910, e que em 1919 foi encontrado na literatura por meio do livro "À l'ombre des jeunes filles en fleurs" (À Sombra das raparigas em flor) de Marcel Proust.

  O prato é uma versão mais elaborada de um simples pão com presunto e queijo, ou popularmente conhecido aqui no Brasil como "misto quente". É um prato que é de simples elaboração, mas que fica muito gostoso se usando ingredientes bons, e com o preparo certo.

Croque Monsieur com salada de alface, queijo e nozes.

Receita Croque Monsieur
Redimento 4 porções

Ingredientes:
  • 8 fatias de pão de forma
  • 1 copo de creme de leite
  • 2 ovos
  • pimenta do reino a gosto
  • noz moscada a gosto
  • 4 fatias de presunto
  • queijo emmental e gruyère a gosto
Utensílios:
  • panela
  • forma de metal
  • ralador de queijo
Preparação:

Para o molho da receita: colocar o creme de leite em uma panela, e os ovos previamente mexidos, pimenta do reino e noz moscada a gosto, e mexer a fogo baixo para não empelotar até dar uma engrossada no molho. Com um molho cremoso, tirar do fogo e reservar.

Nessa receita o molho pode ser substituído pelo bechamel, segue receita rápida: em uma panela colocar 100 gramas de manteiga em fogo baixo. Depois que a manteiga estiver derretida, colocar aos poucos 100 gramas farinha, e por fim, adicionar aos poucos 1 litro de leite e a pimenta do reino e noz moscada. Misturando até engrossar o molho, e com cuidado para não empelotar!

Após o preparo do molho, preparar o croque monsieur em si. Pegar uma fatia de pão de forma e colocar o presunto e queijo emmental e gruyère ralado (se quiser pode ser só o gruyére). Cobrir com mais uma fatia de pão de forma, colocar uma camada dos queijos ralados, e fazer uma cobertura com o molho branco feito previamente. Para dar uma dourada na cobertura da receita, coloque mais um pouco dos queijos ralados. 
Por fim, colocar o croque monsieur no forno a 220°C (conforme o forno), e deixar por uns 5 minutos, ou até dourar.

E bon appétit!